Crônicas da Redação - #3 Arquivo - Amiga ou inimiga...

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#3 Amiga ou inimiga...






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[21:03:17]


Aquela manhã em particular não era uma das melhores, a chuva caía forte do lado de fora e pela janela eu conseguia ver os clarões seguidos de fortes trovoadas, o frio gélido que se instalava dentro de meu quarto penetrava ate minha alma só de pensar em me desenrolar das minhas cobertas, mas fazer o que né? Trabalho é trabalho.

Me arrumei e parti para o Jornal O Ikariano onde já tinham me ligado dizendo que tinha uma pauta me esperando, normalmente eu ficaria feliz com uma pauta atribuída, mas quando você trabalha na GF qualquer "tem trab..." é motivo para se assustar, mesmo que a frase não seja concluída.

Eu já tinha meu cartão passe na qual constava uma inscrição dizendo "Acesso Nível 1" que em outras palavras significava: Peão... Mas ooook, quem se importava com isso?

Passei pelo portão principal onde cumprimentei aquele meu velho amigo da arma apontada para minha cabeça com voz e aparência de lobo que hoje em dia não parecia mais tãããããooo assustador assim.

- Está pronto para hoje Seifer? - Perguntou o guarda com uma voz simpática como de costume, por vezes eu gostava de ouvi-lo, lembrava meu avô... Ahhhh que saudade de meu avô, um dia conto para vocês quem ele era.

- Pronto? Ah sim sim, primeiro dia e já tenho uma pauta mas ainda não sei o que é, mas estou pronto sim. - Tentei camuflar aquele meu nervosismo de novato ao entrar na sala de aula no primeiro dia e não conhecer ninguém, mas a única diferença é que agora eu não era mais somente um aluno, eu era um jornalista... Que meigo não? Eu não acho, afinal não é você que está aqui! Humpf...

- Boa sorte - Replicou ele com uma risada um pouco perversa, que me fez lembrar dos filmes de terror que eu assistia quando criança, e continuou em um tom misterioso - Você vai precisar...

Tentei não prolongar a conversa e fui em direção a grande e majestosa casa aos trapos intitulada como "Horizonte" mas que faltavam letras e o "H" estava prestes a cair também, se não fosse na minha cabeça eu não estava nem aí... Maldade né?

Ao entrar me senti em casa com aquela movimentação sobrenatural de gente correndo, lápis voando e Angelit gritando, ao olhar em direção a minha mesa a A-13; eu vi um rapaz sentado em minha cadeira com os pés para cima fumando um cigarro como se não estivesse nem aí para o que acontecia a sua volta.

O rapaz se vestia de social com uma gravata vermelha, seu blazer preto estava na cadeira e as mangas da camisa estavam arregaçadas deixando a mostra sua tatuagem no ante braço direito, tinha o cabelo curto um rosto imponente e um olhar um pouco astuto, se não fosse pelo seu 1 metro e meio eu até ficaria com medo dele.

- É... Com licença senhor mas esta é minha mesa. - Tentei não soar rude, mas afinal o que eu podia fazer? Precisava de minha mesa para trabalhar antes que a Angelit começasse a esbravejar cobras e lagartos em cima de mim.

- Sim eu sei, você deve ser o Seifer correto? - Ele disse isso se virando para mim onde percebi que seu colar de identificação continha 2 cores diferentes, estava vermelho e azul - Eu sou o filipetbd, Super Operador de Jogo e atual Diretor do Jornal.

Ok... Meu sentido de perigo me dizia que isso não era uma coisa muito boa para se acontecer no primeiro dia de trabalho... Poxa ser demitido sem ter feito literalmente nada era sacanagem já.

- Ah... Oi, é... Posso ajuda-lo em algo? - Pareço um covarde falando...

- Para falar a verdade pode, pode começar fazendo esta pauta para mim.
- E lançou uma pasta em minha mesa na qual continha a sigla BFF - IUSA em vermelho que eu imaginei que fosse a combinação utilizada para desarmar uma bomba nuclear prestes a devastar toda a humanidade... Eu sei que preciso parar de ver filmes de ficção científica a noite, mas eles são irresistíveis.

Peguei a pasta e abri, dentro continha uma passagem, meu passaporte e a foto de uma mulher que tinha 26 anos mas não aparentava mais de 20.

- Esta é a BabyFireFly, Administradora do Fórum do Ikariam dos Estados Unidos da América, sua pauta é simples, você vai até lá e precisará entrevistar ela, fácil não?

- Sim, por hora me parece muito fácil, pode deixar comigo então
. - A esta hora eu realmente estava confiante, o que poderia sair de errado? Era só chegar e fazer meia dúzia de perguntas e pronto, pauta finalizada.

- Ela é a Ba mais difícil de ser localizada dentro da sede do Ikariam USA, ela nunca deu uma entrevista... Mas você vai se sair bem que eu sei, não é?

O frio percorreu toda a minha espinha e em pouco tempo eu já estava me arrependendo de estar nisto, mas quando menos percebi já estava desembarcando do avião, sabia que haveria alguém me esperando no aeroporto e quando cheguei vi um homem magro, alto com cabelo castanho curto muito bem penteado e trajando um terno risca de giz, seus óculos de sol davam um ar de mistério em suas feições mas seu sorriso era muito amigável.

- Então você é o Seifer? - Disse ele me olhando de cima a baixo como se estivesse me estudando - Esperava alguém maior.

Por que todo mundo olha para mim assim? Isso irrita sabiam?

-Sim eu sou o Seifer e você é?

- Pcs44, trabalho no IkariamBR também, vim só te dar uma força para entrar na corporação daqui
- Ele disse piscando um olho para mim de modo a ser descontraído, mas sua voz tremulou um pouco e eu percebi então que não seria qualquer entrevista que eu faria, mas ok, o que poderia dar errado?

Falei cedo demais...

Quando chegamos às portas do IkariamUSA vi militares em todos os cantos e trilhões de câmeras que me seguiam a cada passo que eu desse.

O portão principal estava aberto, mas quando eu fiz menção de seguir em frente o Psc44 me puxou pelo braço e me entregou um gravador dizendo que eu iria precisar dele e depois virou as costas... Bela ajuda hein? Humpf...

A chuva estava forte nos Estados Unidos também, estávamos em Los Angeles e não faltava mais de um passo para entrar lá.

Sem hesitar eu segui em frente mas foi só passar pelo portão que o mesmo se fechou atrás de mim fazendo um alarme ensurdecedor tocar e uma voz gritava pelos auto falantes: "Warning - Warning"... Algo me diz que estou encrencado.

Com um súbito impulso eu saí correndo, não sabia do que estaria correndo e nem o porque e sinceramente não queria saber aquela hora, apenas sai correndo que nem louco chamando minha mãe... Quero dizer, eu apenas sai correndo.

Uma luz vermelha piscava forte no pátio central onde tinha um grande mapa e consegui localizar a torre do fórum, ficava a leste.

- Agora é só correr até lá antes que me descubram aqui... - Neste momento um batalhão fardado apareceu a oeste com armas na mão gritando coisas que eu não consegui entender devido ao alarme e a chuva mas acreditei que eles não atirariam...

Eu e minha boca, uma saraivada de tiros se mostrou a minha frente e tudo que eu consegui dizer foi:

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

Saí correndo como uma "vaca loca" me desviando dos obstáculos a minha frente como um banco, uma mesa, uma garota deitada na grama molhada que sabe-se lá o que estava fazendo e uma tartaruga... Uma tartaruga?! Enfim, deve ser um... Mascote?

Cheguei a torre de moderação, o sol estava se escondendo deixando o céu em um tom rubro onde a chuva dava o cenário gótico perfeito, pensei até que estava em Ghotan City... Cadê o Batman para me ajudar agora?

A torre de moderação era alta e tinha o formato de uma lança, cortinas douradas caíam na lateral da construção, não fiquei muito tempo admirando e corri para a porta principal que se fechou a minha frente com uma parede de metal de uns 10cm de espessura, pensei: Ferrou!

Não consegui pensar direito, pois tudo estava acontecendo muito, mas muito rápido mesmo, em menos de 10 minutos eu estava tranquilo na rua, agora estava preso com um batalhão militar atrás de mim, loucos pela minha cabeça em um lugar que eu não conheço procurando alguém que aparentemente não quer me ver.

Corri em volta do prédio para ver se eu achava uma porta de saída de emergência, a esta altura eu estava perdido e não sairia dali sem minha matéria.

Encontrei uma pequena porta por onde consegui entrar e me dei com muitos lances de escada subindo e descendo, comecei a subir lentamente na escuridão a fim de não fazer nenhum barulho, não tenho noção de quanto tempo eu fiquei ali, mas obviamente a sala dela seria a última por ser uma BA, depois de um tempo percebi que não estava sozinho, havia passos vindo de trás, eram muitos passos e eu fiz a única coisa que eu sabia fazer: Correr!

Depois de um tempo de corrida escada acima eu consegui chegar na última porta, eu entrei com tudo e olhei em volta vendo uma estante grande de madeira, nem fiz questão de olhar o que tinha nela mas empurrei ela para a porta de modo que bloqueasse a entrada de alguém.

Encostei na parede ofegante e pingando de suor, percebi que o alarme não tocava ali e muito menos aquela maldita luz vermelha que estava lá embaixo, a sala era grande, decorada com tapetes, quadros, estantes com livros e um grande lustre no centro. Perto da janela havia uma mesa com muitos papéis espalhados onde havia alguém sentado olhando para mim...

Por impulso eu saquei o gravador e apontei para ela como se fosse uma arma.

- Vai me matar com um gravador de voz?
- Disse a garota sentada olhando para mim de uma maneira curiosa e descontraída, fazendo ela ficar à parte de toda a paisagem caótica que estava a minha volta.

Me senti ridículo naquela cena onde infelizmente eu estava protagonizando o repórter palhaço perseguido e assustado.

- Não... É que... Ahhhhh por favor me diz que você não vai sacar uma arma e apontar para mim também querendo me matar, vai? - Me encostei novamente na parede e deixei meu corpo deslizar pela mesma sentando, acho que eu estava com muita cara de cachorro chorão porque o olhar de piedade lançado a mim foi humilhante.

- Depende, por que eu faria isso?
- O tom complacente dela era piedoso e eu me senti seguro por um único momento.

Respirei fundo e expliquei quem eu era e o que estava fazendo ali, jurava que ela agora sim ia me matar mas ela apenas se levantou e encostou a frente de sua mesa olhando para mim e simplesmente disse:

- Eu sou a BabyFirefly, não tenha medo de mim, mas seria mais inteligente de sua parte me ligar antes não acha? - O sorriso que ela abriu fez todo meu mundo desabar, era doce e inocente, suas feições davam a ela um ar de porcelana, ela parecia uma boneca, seus grandes olhos castanhos eram penetrantes e tinham um brilho alegre, seu cabelo liso desabava em uma trança com fitas brancas e verdes ate a cintura. - Então senhor redator, qual sua primeira pergunta?

A entrevista correu muito bem e não teve nenhum incômodo, ao final quando nos despedimos eu consegui ver enquanto ela fechava a porta a figura de alguém saindo de um canto escuro da sala que até então eu não tinha prestado atenção, quando vi a figura fiquei assustado, o que ele estava fazendo ali?

Pouco antes da porta se fechar eu vi com clareza quem era, mas ele teria armado tudo isso para mim? Quem ele era afinal? O que o Pcs44 queria de mim?

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